CENTRO DE APOIO OPERACIONAL

Membros participam de primeira oficina para definir programas e ações para o ciclo 2024-2029

Participantes contribuiram para a construção do planejamento estratégico do MPPE.
07/11/2023 - Membros do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) começaram a elaborar programas e ações da atuação finalística para construção do novo ciclo de Gestão Estratégica MPPE 2024- 2029. Na segunda-feira (6), a Assessoria Ministerial de Planejamento e Estratégia Organizacional (AMPEO) promoveu a primeira oficina regional, no Porto Digital, no Bairro do Recife, para discussão e priorização de temas de Cidadania como Mulher, Pessoas Idosas, Pessoas com Deficiência, Igualdade Étnico-Racial, LGBTQIA+, Segurança Alimentar, assim como os relativos à atuação Criminal, Defesa Social e Patrimônio Público.

De início, os participantes tomaram conhecimento dos resultados da pesquisa feita pelo MPPE com a sociedade e o público interno, onde foram apontados os assuntos que julgaram prioritários para a atuação da instituição dentro de cada área temática.

Após analisarem, os membros selecionaram os dois assuntos que deveriam ser transformados em programas, que vêm a ser um conjunto de projetos, ações e iniciativas inter-relacionadas que são desenvolvidas em conjunto para alcançar os objetivos estratégicos, garantindo também a transversalidade da atuação ministerial.

Na etapa das ações, foi definido como os programas devem ser implementados, de forma genérica. Foram priorizadas até três ações por cada programa.

Para o Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, o planejamento estratégico é fundamental para o MPPE atender aos anseios sociais. “Trata-se de afinar nossas atuações com as expectativas da sociedade, para atingir objetivos que satisfaçam a sociedade, fomentando, inclusive, políticas públicas que venham causar melhorias na vida das pessoas”, analisou ele. Ele também lembrou que o MPPE, no início de 2023, promoveu a escuta aos movimentos sociais, que também contribuíram para o planejamento estratégico.

Outra ação de grande importância este ano foi a adesão do MPPE ao Mapa Estratégico do Planejamento Nacional do Ministério Público (PEN-MP), para o decênio 2020-2029. O termo de adesão prevê a prestação de assessoria técnica e logística do CPE/CNMP e o fornecimento de informações sobre o seu Planejamento Estratégico pelo MPPE, para que se alcance a finalidade de garantir a defesa da ordem jurídica, do Estado Democrático e dos direitos sociais intransponíveis. “Pelo caráter nacional do Ministério Público é relevante termos um planejamento elaborado de maneira uniforme, apesar do respeito à autonomia e às peculiaridades de cada unidade”, ressaltou Marcos Carvalho.

O Presidente da Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CPE/CNMP), Conselheiro Moacyr Rey Filho, esteve presente na oficina do MPPE e citou o caráter democrático de ouvir a sociedade para traçar as estratégias. “Cada MP tem suas especificidades e ressaltá-las é importante, assim como estabelecer prioridades no âmbito nacional, promovendo colaboração e integração entre as unidades do MP Brasileiro”, comentou ele. “Com esse alinhamento nacional, teremos uma atuação mais assertiva e qualificada”, apostou.

"O novo ciclo do planejamento estratégico está sendo construído de forma coletiva e institucional, com recortes prioritários de cada tema, levando em consideração as demandas das áreas e buscando alcançar resultados que atendam à sociedade", apontou a Secretária-Geral do MPPE, a Promotora de Justiça Janaína Bezerra.

A próxima oficina ocorrerá em 14 de novembro, em Caruaru, onde membros trabalharão temas sobre Meio Ambiente, Saúde, Infância, Consumidor e Educação.

Após as oficinas, a AMPEO analisará os dados e partirá para capacitar membros visando a elaboração e execução do Plano de Atuação de Promotorias e Procuradorias de Justiça (PAPJ), uma novidade do Ciclo 2024-2029, que proporcionará que cada membro visualize como os objetivos do mapa estratégico podem se desdobrar em iniciativas concretas na sua Promotoria ou Procuradoria, de acordo com sua realidade, e o impacto que suas atividades têm no mapa estratégico. Além disso, o PAPJ ajuda o membro a organizar as atividades de sua Promotoria ou Procuradoria utilizando técnicas de gestão de forma simples. Tudo isso atendendo à Recomendação nº 01/2023 da Corregedoria Nacional.

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24/07/2024

Empresa de posto de gasolina se compromete a ressarcir danos materiais e morais causados a clientes por abastecimento irregular


 

A empresa deve adotar maior empenho e vigilância para evitar eventuais irregularidades

24/07/2024 - A empresa de postos de combustível CMA Petróleo Ltda, localizada na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Jaboatão dos Guararapes, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) perante o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com o objetivo de ressarcir os danos materiais e morais causados a clientes pela prática de abastecimento com gasolina aditivada quando o cliente pedia pela comum no estabelecimento comercial. 

O TAC, assinado pela Promotora de Justiça Milena Conceição Rezende, da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Jaboatão dos Guararapes, estabelece o pagamento de R$ 10 mil por parte da empresa como forma de compensação pelos danos aos consumidores. O valor deve ser revertido ao Fundo Municipal da Defesa dos Direitos Difusos, criado pela Lei Municipal nº 250/1996. 

A fim de adimplir o débito oriundo de Processo Administrativo instaurado em desfavor da empresa no âmbito do PROCON de Jaboatão dos Guararapes, foi estabelecido também o pagamento de R$ 10 mil, que será recolhidos em favor do Fundo Municipal de Defesa dos Direitos Difusos do Município.

Além disso, a CMA Petróleo Ltda. compromete-se também a prestar um atendimento de excelência aos consumidores/usuários de Jaboatão dos Guararapes, observadas as exigências e obrigações legais, especialmente quanto às normas consumeristas. 

A empresa deve adotar maior empenho e vigilância para evitar eventuais irregularidades, assim como informar que permeia o Código do Consumidor, ressaltando a importância da informação nas relações de consumo para o efetivo esclarecimento do consumidor a fim de que realize uma aquisição e contratação consciente.

O inadimplemento parcial ou total dos acordos do TAC implicará na multa de R$ 20 mil.

O TAC foi publicado e pode ser lido na íntegra no Diário Oficial Eletrônico do dia 12 de junho de 2024.


24/07/2024

MPPE, Prefeitura de São Lourenço da Mata, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros firmam compromisso para organizar festa do padroeiro do município

24/07/2024 - A Prefeitura de São Lourenço da Mata, Polícia Militar (PMPE) e o Corpo de Bombeiros (CBMPE) firmaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por intermédio da 2ª Promotoria de Justiça Cível de São Lourenço da Mata, para estabelecer medidas que garantirão a segurança e a organização da Festa de São Lourenço Mártir, padroeiro do município, que ocorrerá no período de 1º a 11 de agosto. A festa tem expectativa de atrair mais de 30 mil pessoas por dia e contará com atrações nacionais e artistas da região, para valorização da cultura local.

O Promotor de Justiça Raul Lins Bastos Sales, no texto do documento, usou como base a lei estadual nº 14.133/2010, que trata da regulamentação para realização de shows e eventos artísticos acima de 1.000 espectadores na esfera do Estado de Pernambuco. 

Ele também destaca que a ausência de controle em relação ao horário de encerramento dos shows, proporciona o acúmulo de pessoas até avançadas horas dos dias seguintes e, por consequência, o acréscimo de ocorrências policiais e o desgaste natural do efetivo policial. Em caso de descumprimento das cláusulas firmadas, o TAC estabelece multas por ações não efetivadas.

A íntegra do documento foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 23 de julho. 

Em caso de descumprimento, o TAC estabelece multas por ações não efetivadas


22/07/2024

Estado faz audiência sobre acordo que levou a indenizações de mutuários e anuncia primeira demolição

22/07/2024 - O Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, Marcos Carvalho, e outros representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que atuaram para o acordo que prevê a indenização de famílias proprietárias de apartamentos em prédios-caixão condenados da Região Metropolitana do Recife participaram, na última sexta-feira (19/07), de audiência realizada no Palácio do Campo das Princesas sobre o assunto. A governadora Raquel Lyra reuniu instituições subscritoras do pacto para celebrar o entendimento e anunciou o início da demolição de imóveis interditados. Segundo ela, no dia 15 de julho o bloco A do Conjunto Habitacional MEG IV, em Jardim Atlântico, Olinda, foi demolido. Isso ocorreu, de acordo com o Estado, só depois que todos os proprietários dos apartamentos aceitaram receber a indenização de R$120 mil anunciada pelo governo federal.

“Todos nós, representantes dessas instituições, atuamos pela busca de soluções para as numerosas vítimas, que perderam seus imóveis nas interdições e seus familiares nos desabamentos. Só a soma de esforços levou ao acordo de ampla dimensão”, observou o PGJ Marcos Carvalho. Durante a audiência, ele lembrou a importância da solução coletiva diante de um caminho longo de judicialização que estava sendo percorrido. “Algumas pessoas, por meio de ações individuais, tiveram solução para os seus problemas, mas a grande maioria ainda esperaria muito tempo. O acordo firmado recentemente só foi possível numa ação política independente de conotação partidária, no qual todos os atores colaboraram”, afirmou, citando a atuação dos governos federal e estadual, da Caixa Econômica Federal, de parlamentares, das seguradoras, do Judiciário Federal e Estadual, dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, da Advocacia Geral da União e das prefeituras. 

Marcos Carvalho ressaltou o trabalho das Promotorias e Centros de Apoio Operacional do MPPE que, nas últimas três décadas, dedicaram-se em defesa dos direitos dos mutuários, equipe representada na ocasião pela Procuradora de Justiça Liliane Fonseca Rocha, coordenadora do CAO Consumidor, e pelas Promotoras de Justiça Belize Câmara, coordenadora do CAO Meio Ambiente, e Maísa Silva Melo, da Cidadania de Olinda. Os membros do Ministério Público de Pernambuco são autores de ação civil pública que provocou o estudo sobre a situação dos prédios-caixão e permanecem acompanhando o cumprimento do acordo firmado este ano.

“Nossa expectativa é de que o acordo seja cumprido, pois envolve inúmeras instituições preocupadas com o risco de desabamento que já ceifou a vida de várias pessoas na região metropolitana”, afirmou a Procuradora de Justiça Liliane Fonseca Rocha. “O início efetivo das demolições é um sinal de efetividade do acordo. Com o começo do pagamento das indenizações e agora das demolições de prédios condenados, passamos a outro capítulo”, completou a Promotora Belize Câmara. Segundo ela, o cumprimento do que foi acordado está sob fiscalização dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, para que haja inclusive agilidade na liberação dos valores a serem recebidos pelos mutuários. 

Sobre as demolições dos imóveis interditados, Belize Câmara observa: “Também são importantes, uma vez que grande parte das edificações está em situação precária. Os critérios de demolição são definidos pela Caixa em conjunto com o Governo do Estado, mas um dos critérios é começar pelos prédios desocupados. Vamos observar as ordens de prioridade, se estão sendo obedecidas”. A Promotora de Justiça em Defesa da Cidadania de Olinda, Maísa Silva Melo, ressalta o momento memorável do acordo: “todas as instituições se uniram em torno de um propósito” e “contempla todas as esferas da problemática, desde a indenização dos moradores, demolição dos prédios em risco, auxílio para os ocupantes e destinação dos imóveis para habitação social”.

Integrantes do MPPE se fizeram presentes na reunião com a governadora Raquel Lyra