CENTRO DE APOIO OPERACIONAL

MPPE prestigia solenidade na Alepe para lembrar presos e desaparecidos políticos pernambucanos

Fotografia do Procurador de Justiça Ricardo Coelho recebendo diploma com nome do pai
Procurador de Justiça Ricardo Coelho (centro) recebeu diploma que homenageia o pai Fernando Coelho
02/04/2024 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se fez presente na sessão solene da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que homenageou, na segunda-feira (1º), a memória e a luta das pessoas que se opuseram e resistiram ao golpe militar de 1964, ocorrido há 60 anos, no Brasil. Foram lembrados 52 presos e desaparecidos políticos pernambucanos. A sessão reuniu autoridades, militantes de diversos movimentos sociais, além de amigos e parentes dos homenageados.

Um dos homenageados, in memoriam, foi o primeiro presidente da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara e ex-Deputado Federal, Fernando Coelho, falecido em 2019. Quem recebeu a placa foi o seu filho, o Procurador de Justiça do MPPE Ricardo Coelho. “À Alepe, o meu ‘muito obrigado’ por essa homenagem. Meu pai sempre lutou por uma sociedade mais justa e solidária. Batalhou para que todos os cidadãos brasileiros sejam tratados de igual forma perante a lei e para impedir que os odiosos privilégios maculem os princípios republicanos”, destacou Ricardo Coelho.

O Coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania (CAO Cidadania), Promotor de Justiça Fabiano Pessoa, representou o Procurador-Geral de Justiça, Marcos Carvalho, na solenidade. “A preservação da memória de fatos históricos, como os relativos à ruptura institucional representada pelo golpe militar instaurado em 31 de março de 1964, que inaugurou um período de graves violações aos direitos humanos, consistentes em comprovadas torturas, assassinatos, prisões ilegais, desaparecimento de pessoas, proibição de livre manifestação do pensamento, censura, dentre outras situações abusivas, representa tarefa das mais importantes para as instituições responsáveis pela defesa dos interesses sociais e pela defesa da democracia, como o Ministério Público brasileiro”, pontuou Fabiano Pessoa. “Apenas com a construção de um efetivo e permanente processo de busca da verdade e preservação da memória é que poderemos, hoje, avançar na construção de uma cultura de respeito aos direitos e garantias fundamentais, condições estas indispensáveis para o regular exercício das liberdades e justiça social que fundamentam o Estado Democrático de Direito. Assim, marcar, nesta data, pela rememoração dos fatos ocorridos, inclusive com a lembrança de todos os que foram mortos, em Pernambuco, durante o período autoritário, se faz muito importante", concluiu.

A Deputada Estadual Dani Portela comandou a cerimônia. “É preciso homenagear todos aqueles e todas aquelas que deram sua vida, sua história e seu sangue para que estivéssemos aqui hoje. Não nos esqueçamos desse triste episódio para que ele nunca mais aconteça”, mencionou  ela, que preside a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Alepe.  

“Somos convidados a seguirmos na luta dos que nos precederam. Mais do que nunca, somos estimulados a dividirmos e compartilharmos nossas inquietações, respeitando nossas diferenças e fazendo chegar a memória dos tempos passados às novas gerações”, disse Luciano Siqueira, que representou todos os militantes presentes.

“É um momento de reflexão e reconhecimento aos homens e mulheres que resistiram bravamente à tirania e à opressão. E que, muitas vezes, pagaram um preço alto por defenderem os ideais democráticos e os direitos fundamentais de nosso povo”, afirmou o parlamentar autor da homenagem, Waldemar Borges.

Mais Notícias


27/02/2025

MPPE lança campanha para estimular a denúncia contra violência doméstica
Trata-se de um alerta para que as mulheres que são vítimas de violência entrem em contato com o MPPE e denunciem


27/02/2025 - A Ouvidoria da Mulher do Ministério Público de Pernambuco deu início a uma campanha sobre conscientização contra a violência doméstica e a necessidade de denunciá-la. As peças estão sendo veiculadas nos sete principais shoppings da Região Metropolitana do Recife (RioMar, Recife, Guararapes, Tacaruna, Plaza, Patteo e Boa Vista) e em salões de beleza, assim como nas redes sociais do MPPE e dos parceiros.

Trata-se de um alerta para que as mulheres que são vítimas de violência entrem em contato com o MPPE e denunciem.

A campanha é divulgada por diversas mídias, tanto por cartazes, banners, adesivos quanto por painéis eletrônicos, onde se pode visualizar mensagens tipo “Violência doméstica? Denuncie e conte com nosso trabalho e proteção”. Há shopping center, por exemplo, que está veiculando em totens digitais, em um supertelão na praça de alimentação, na rede wi-fi, em diretórios para localização de lojas e até no autoatendimento utilizado pelos clientes para pagar estacionamento. 

As peças publicitárias também trazem os canais de contato que podem ser utilizados para se fazer as denúncias.
“Estou muito satisfeita com essa parceria, pois estamos ultrapassando nossos muros e divulgando os canais da Ouvidoria para um público enorme e, ainda, sensibilizando meninas e mulheres pernambucanas a buscarem ajuda”, destacou a Ouvidora do MPPE, Lizandra Carvalho. “Nossa intenção é interiorizar a ação, levando essa parceria aos shoppings de outros municípios. Vamos ainda promover novas capacitações para os colaboradores da nossa Ouvidoria para acolher e tratar as demandas referentes à violência contra mulher”, acrescentou.

As denúncias podem ser feitas pelos canais:

Formulário site do MPPE: bit.ly/ouvidoria-mppe

Assistente virtual site do MPPE: www.mppe.mp.br

WhatsApp: (81) 99679-0221

WhatsApp Libras: (81) 999316-2600 ou bit.ly/ouvidoriamppe-libras

Facebook (somente pelo Messenger): @ouvidoriamppe ou @MPPEoficial

Disque MPPE 127: 8h às 14h - somente nos dias úteis

Presencialmente: Edifício Roberto Lyra, Sede do Ministério Público de Pernambuco. Rua Imperador Dom Pedro II, 473 - Santo Antônio - CEP 50.010-240 - Recife.


24/02/2025

MPPE lança campanha para que foliões brinquem com respeito e segurança
A campanha foi criada pela Assessoria MInisterial de Comunicação Social (AMCS)


24/02/2025 - Para que o Carnaval 2025 seja de mais respeito, segurança e conscientização, o Ministério Público de Pernambuco lançou a campanha que alerta para diversas atitudes que os foliões precisam tomar para garantir alegria para todas as pessoas.

São peças (vídeos, banners, postagens) que serão veiculadas nos canais de mídia do MPPE (redes sociais, Rádio MPPE e TV MPPE) que tratam sobre importunação sexual a mulheres, não agressão à população LGBTQIA+, cuidados com a infância e juventude, bebida alcóolica e direção, além de informações sobre o funcionamento do Juizado do Folião.

A campanha, criada pela Assessoria MInisterial de Comunicação Social (AMCS), traz mensagens como “Folião de respeito não mistura álcool e direção. Se beber não dirija”, “Para atender ocorrências de menor potencial ofensivo conte com o MPPE no Juizado do Folião”, “Carnaval é tempo de diversidade e alegria. Não combina com LGBTFobia”, “Paquerou e ela disse não? Deixe ela”.

Enfim, é o MPPE alertando e divulgando que “Pernambuco tem o Carnaval que você respeita!”
 

Veja exemplos de peças abaixo:


 

 


 

 

 


 


21/02/2025

Seminário do MPPE debate visibilidade e violação de direitos de homens trans
O evento, presencial e com transmissão on-line para inscritos, teve a participação dos movimentos sociais

21/02/2025 - Dificuldade no acesso ao Sistema Único de Saúde e rede suplementar para tratamento hormonal, cirurgias reparadoras, procedimentos de ginecologia e psicoterapia, preconceito no ambiente escolar e no trabalho, conflitos familiares que aumentam a vulnerabilidade psicossocial, violência e falta de reconhecimento da identidade são problemas comuns à população transmasculina. Informações e depoimentos pessoais acerca dessa realidade foram apresentados na última quinta-feira (20), no “Seminário Transmasculinidades: saúde, lazer, esporte, assistência social, empregabilidade, educação e segurança”, promovido no Recife pelo Núcleo de Direitos LGBTQIA+ e pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania do Ministério Público de Pernambuco, com apoio da Escola Superior do Ministério Público (ESMP).

O evento, presencial e com transmissão on-line para inscritos, teve a participação dos movimentos sociais. A proposta foi provocar uma reflexão interna, no MPPE, e na sociedade, sobre a promoção de direitos dos homens trans. “Essas pessoas são vulnerabilizadas, têm seus direitos violados. Cabe a nós, com determinação constitucional, defender o direito dos homens trans. Esperamos tanto a visibilidade como a compreensão interna do Ministério Público sobre a nossa função e obrigação de defender os direitos dessa população”, explicou o coordenador do Núcleo LGBTQIA+/MPPE, Promotor de Justiça Maxwell Vignoli. Dentre as maiores dificuldades, estão o respeito à identidade e à expressão de gênero masculino. “Muitas vezes eles são vítimas de violência com relação ao sexismo, sofrem o machismo e a transfobia intrafamiliar, são expulsos de casa, levados a um ciclo de violência e exclusão, com alternativas muito precárias para a sobrevivência”, destaca o Promotor de Justiça. 

O Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, José Paulo Xavier, que participou da abertura do seminário, destacou a importância da instituição como indutora de políticas públicas para evitar a exclusão da população transmasculina. “É importante que o Ministério Público, através do seu Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania, do seu Núcleo LGBTQIA+ e das Promotorias, fomente ações em defesa das pessoas trans, o que inclui a instalação dos Conselhos Municipais de Defesa da População LGBTQIA+, presentes em poucos municípios”, completou. 

Para o pesquisador João Lucas Dias, do Laboratório Geru Maa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos palestrantes convidados, a diversidade de gêneros é subjugada nos ambientes escolares, do ensino superior ou não, levando à evasão dos estudantes trans. “Um dos pontos cruciais seria a mudança nas grades curriculares das universidades, com pelo menos uma disciplina sobre gênero e diversidade. A escola é uma microrreprodução da sociedade”, explicou. As dificuldades na educação se refletem também no trabalho. Por sua vez, o ativista Leonardo Tenório, do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrati) listou, durante o seminário, exemplos de desassistência à saúde da população transmasculina e casos de transfobia que acarretam resultados insatisfatórios em cirurgias que deveriam ser reparadoras.