MPPE recomenda à Prefeitura remanejar moradores que residem em área de risco de desmoronamento de barreira - CAOs
MPPE recomenda à Prefeitura remanejar moradores que residem em área de risco de desmoronamento de barreira
10/04/2024 - Em recomendação, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instou a Prefeitura de Vicência a remanejar para um local adequado, no prazo de 30 dias, os moradores que se encontram em área de risco de desabamento de uma barreira, localizada na Rua Miguel Vicente da Silva, no Centro da cidade. O município deverá também, no mesmo prazo, interditar a área a fim de evitar novas ocupações de imóveis e realizar a fiscalização e monitoramento permanente do local.
O documento destaca ainda a necessidade de a Prefeitura notificar os proprietários dos imóveis a respeito da rescisão dos contratos de aluguel e do impedimento de firmar novos contratos ou quaisquer outros atos de ocupação dos imóveis localizados na área de risco, até que as obras de contenção da barreira sejam realizadas. Além disso, a recomendação expressa que o município deve adotar todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis para solucionar o problema.
A Promotoria de Justiça de Vicência instaurou um procedimento administrativo de acompanhamento das políticas públicas diante do recebimento de uma manifestação de um cidadão que mora na parte de baixo da barreira. O noticiante relatou a forte iminência de desabamento da encosta, bem como os riscos não só para a residência dele como para as demais casas nas proximidades da barreira.
A Defesa Civil de Vicência constatou, por meio do ofício nº 28/22 e de um parecer social datado em 3 de agosto de 2023, que alguns imóveis da Rua Miguel Vicente da Silva apresentavam fissuras nas paredes e infiltrações no teto, colocando em risco a integridade física dos moradores.
Além disso, outro relatório técnico, elaborado pelo engenheiro consultor do Município, Ítalo Henrique Cavalcante de Almeida, atestou que a estabilidade da barreira de sustentação das residências está sendo afetada pela construção deliberada do morador a montante (na parte de baixo da barreira). O relatório ainda sugere para a contenção da encosta a construção de um muro de arrimo em pedra argamassada, com a devida realização da ligação da tubulação de esgoto das casas para a rede coletora.
A Promotora de Justiça de Vicência, Crisley Patrick Tostes, ressaltou, na recomendação, a necessidade do cumprimento das medidas elencadas em razão do agravamento do risco de desabamento devido à proximidade do período de chuvas, como também reforçou, por meio de ações já julgadas, que reforçam a ideia da competência do município em atuar nesses casos, através do seu poder de polícia, promovendo todas as medidas pertinentes para regularizar as edificações em risco.
O MPPE fixou o prazo de dez dias corridos para que o município informe se acatará ou não os termos da recomendação. Caso seja afirmativa a resposta, a Prefeitura deve encaminhar, no prazo de 30 dias corridos, a documentação comprobatória do cumprimento das medidas elencadas na recomendação.
O não acolhimento da recomendação implicará na adoção de medidas judiciais. A recomendação foi publicada na edição do Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 4 de abril de 2024.
Promotoria de Justiça de Vicência instaurou um procedimento administrativo de acompanhamento das políticas públicas
Mais Notícias
25/11/2024
MPPE realiza campanha para orientar consumidores durante a Black Friday
25/11/2024 - O Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor (CAO Defesa do Consumidor), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), lança nesta segunda-feira, dia 25 de novembro, uma campanha para quem está pensando em fazer compras durante o período da Black Friday 2024.
A campanha se estenderá até a próxima sexta-feira (29) e levará diversas dicas para os consumidores, como a necessidade de planejamento prévio das compras, pesquisar em sites de reclamações as avaliações da loja, atenção e cuidado com as falsas promoções, informar-se sobre prazos de entrega e as políticas de troca dos produtos, comparar preços para identificar as "ofertas de verdade", ter cuidado com o orçamento e fazer compras de forma consciente.
"Os consumidores precisam estar atentos e pesquisar, para ter a certeza de que estão de fato adquirindo produtos com desconto. É preciso fiscalizar preços, condições de pagamento e prazos de entrega. Em hipótese alguma se deve comprar produtos sem que a empresa especifique o prazo de entrega. Essa é uma prática abusiva e ilegal (Artigo 39, Inciso 12, do Código de defesa do Consumidor - CDC)", orienta a Coordenadora do CAO Defesa do Consumidor, Procuradora de Justiça Liliane Rocha.
A Black Friday é uma data comercial, criada nos Estados Unidos (EUA) e que acontece, anualmente, no mês de novembro, na sexta-feira seguinte ao Dia Nacional de Ação de Graças. No Brasil, essa campanha de vendas com descontos ocorre desde 2010, sempre na última sexta-feira de novembro. A cada ano a promoção vem se intensificando, com o objetivo de dar saída aos estoques antigos para a entrada de novos produtos que serão comercializados no período que antecede as festas de Natal e Ano Novo. Este ano, a Black Friday será na sexta-feira, 29 de novembro.
A Coordenadora do CAO Defesa do Consumidor ressalta que qualquer irregularidade, na oferta ou preços dos produtos, ou o não cumprimento dos prazos de entrega, devem ser imediatamente denunciados aos órgãos de defesa do consumidor, ao Ministério Público, o Procon-PE e Procons municipais e à Defensoria Pública.
14/03/2025
MPPE recomenda fiscalização de abate clandestino e adequação dos estabelecimentos de produtos de origem animal
Os proprietários de estabelecimentos que produzem, distribuem ou revendem produtos de origem animal devem seguir a legislação vigente
14/03/2025 - O Ministério Público de Pernambuco, através da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Garanhuns, expediu recomendação para que órgãos de inspeção sanitária fiscalizem o abate clandestino de animais e estabelecimentos que comercializam produtos de origem animal no município.
Segundo o Promotor de Justiça da Cidadania de Garanhuns, Domingos Sávio Pereira Agra, a medida visa garantir o cumprimento das normas sanitárias e de defesa do consumidor, protegendo a saúde pública e coibindo irregularidades na distribuição e venda desses produtos.
Os proprietários de estabelecimentos que produzem, distribuem ou revendem produtos de origem animal devem seguir a legislação vigente, garantindo o registro junto ao Serviço de Inspeção, a contratação de responsável técnico e a adoção de boas práticas de armazenamento, rotulagem e fracionamento. Caso não estejam regularizados, deverão se adequar no prazo de 30 dias.
Já a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado, por meio da Vigilância Sanitária, Adagro e CPRH, devem fiscalizar, no prazo de 60 dias, os locais que manipulam, armazenam e distribuem produtos de origem animal, verificando a posse de licenças sanitárias e ambientais, além das condições higiênico-sanitárias.
O MPPE solicita o envio de um relatório detalhado dessas fiscalizações, incluindo os autos e termos de infração. Além disso, deverão ser adotadas medidas contra abates clandestinos de animais.
As polícias Civil e Militar também foram acionadas para prestar apoio às fiscalizações. O MPPE pede ainda que a população denuncie casos de descumprimento da recomendação pelos canais da Ouvidoria da Instituição.
A íntegra da recomendação pode ser consultada na edição do Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 26 de fevereiro de 2025.
13/03/2025
MPPE celebra cooperação com Estado e CIEE para capacitar e receber jovem aprendiz do sistema socioeducativo
13/03/2025 - Pelo menos dez egressos do sistema socioeducativo, de 14 a 18 anos, homens e mulheres, devem ingressar no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), este ano, como jovens aprendizes na área administrativa. O acordo de cooperação técnica, nesse sentido, foi assinado nesta quarta-feira (12) entre a instituição, a Secretaria Estadual da Criança e da Juventude e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE-PE).
A seleção será feita pela Secretaria da Criança e da Juventude e a formação oferecida pelo CIEE, com apoio da Escola Superior do Ministério Público. “Como parte do sistema de Justiça, estamos fazendo nosso dever de casa, ajudando na formação desses adolescentes e jovens, para que possam ter novas oportunidades na vida, com seus direitos preservados”, justificou o Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, José Paulo Xavier. Com atuação anterior na Promotoria da Infância e Juventude, ele disse estar pessoalmente satisfeito com essa ação do MPPE.
“São jovens que precisam de educação e de trabalho. Ao oportunizar a formação teórica e prática, inclusive com certificado, estaremos promovendo cidadania, gerando experiência que contará no aproveitamento deles no próprio MPPE ou no mercado”, completou a Promotora de Justiça Aline Arroxelas, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e da Juventude do MPPE.
Para ser selecionado, o jovem precisa ser egresso ou estar cumprindo medida socioeducativa, em semiliberdade ou liberdade assistida. Deve estar matriculado e frequentando instituição de ensino formal, cursando entre o 5º ano fundamental e o último ano do ensino médio. Além do pagamento de salários e encargos, o MPPE deverá fornecer vale-transporte para a formação teórica e as experiências práticas. A cooperação vale por um ano, podendo ser prorrogada por igual período. O MPPE teve uma experiência anterior, com ingresso desse perfil de jovem nos últimos dois anos. A nova cooperação abre mais vagas.
O acordo foi assinado pelo PGJ, a secretária da Criança e da Juventude do Estado, Yanne Teles, e a superintendente geral do CIEE-PE, Maria Inez Borges Lins. “Muito importante contar com essa colaboração do MPPE, sobretudo por se tratar de um aprendizado, que dará dignidade de vida aos nossos jovens”, comentou a secretária da Criança e Juventude, Yanne Teles. Segundo ela, pouco mais de 400 jovens cumprem medidas socioeducativas internados nas 23 unidades da Funase no Estado e cerca de 1350 cumprem medidas em liberdade.
“Temos aprendizes nos setores público e privado. Essa oportunidade aberta pelo Ministério Público de Pernambuco, inclusive com apoio de sua escola, é muito importante para nós, como unidade formadora, e principalmente para esses jovens, considerando a situação de vulnerabilidade”, observou Ana Patrícia Oliveira, superintendente adjunta do CIEE-PE.