Palmares conta com ajuda do GACE na implantação do projeto Divulga Mais + - CAOs
Palmares conta com ajuda do GACE na implantação do projeto Divulga Mais +
30/08/2022 - Um Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) e a coordenação do Centro de
Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público e Terceiro Setor (CAO Patrimônio Público)
estiveram no município de Palmares para dialogar com entidades do terceiro setor locais, assim
como com a Prefeitura sobre a necessidade da efetiva divulgação das informações sobre verbas
públicas que o terceiro setor recebe e como as aplica. As reuniões fazem parte do Projeto
Divulga +, que tem como principal objetivo fiscalizar o cumprimento da transparência prevista na
Lei de Acesso à Informação e na Lei do Marco do Terceiro Setor.
Assim, a coordenadora do CAO Patrimônio Público, a procuradora de Justiça Lucila Varejão; as
promotoras de Justiça Adna Vasconcelos e Fabiana Kiuska Seabra dos Santos, que integram o
GACE; e a promotora de Justiça Regina Wanderley Leite de Almeida, que atua em Palmares,
estiveram, no dia 22 de agosto, com representantes da Prefeitura e de entidades, visando
identificar dificuldades encontradas na implementação do Projeto de Transparência. Na ocasião,
foram ajustados os prazos para adequação dos respectivos sítios eletrônicos e portais, bem
assim foram sanadas dúvidas sobre os requisitos necessários para a aprovação de alguns itens
das matrizes de checagem.
"Nosso intuito é criar uma cultura de divulgação das informações de utilização dos recursos
públicos. Conscientizar que essa prática facilita a fiscalização dos órgãos de controle, assim
como da sociedade em geral", afirmou Lucila Varejão.
Para Regina Wanderley Leite de Almeida, "é salutar oportunizar a divulgação dos dados. E a
oportunidade de conversar com as entidades e a Prefeitura traz um clima de entendimento e
esclarecimento de dúvidas para que o trabalho seja feito a contento".
Adna Vasconcelos, que originalmente atua como promotora de Justiça em Terra Nova, revelou
que "o GACE vai também acompanhar se os recursos estão realmente chegando no objetivo
final para o qual foram destinados e se houve qualquer desvio". Já Fabiana Kiuska Seabra dos
Santos, que é promotora de Justiça em Abreu e Lima, acrescentou que "publicidade e
transparência são fundamentais no emprego de verbas públicas, pois é uma satisfação que se
dá, sobretudo, à sociedade, trazendo um olhar de responsabilidade para quem recebe os
recursos".
O coordenador de projetos de Ação Social da Paróquia Palmares, Francisco de Assis Alves,
acredita que o projeto ajuda o Terceiro Setor a ser mais transparente: "Encaramos como uma
parceria com o MPPE. Todo o recurso público que recebemos, temos o dever de detalhá-lo em
nosso site, não só pensando nos órgãos de controle, mas também na sociedade civil".
Sobre o projeto - O Projeto Divulga Mais + Transparência Terceiro Setor tem o propósito de
fomentar o cumprimento das normas de transparência de dados, inseridas na Lei n° 13.019/14 e
Lei n° 12.527/11, pelos municípios e entidades do Terceiro Setor, quanto a parcerias e
instrumentos congêneres firmados para concretização de atividades de interesse público em
todo o Estado de Pernambuco.
O tema parte da noção de que a publicidade das informações é instrumento primevo de
concretização de um Estado Democrático de Direito, bem como transporta para o terceiro setor a
proveitosa experiência obtida pela rotina de fiscalização dos Portais da Transparência dos municípios implementada pelo CAO Patrimônio Público desde o exercício de 2020.
O CAO Patrimônio Público estabeleceu as matrizes de fiscalização dos portais da transparência
e sítios eletrônicos, a fim de que a equipe técnica do Ministério Público realize a análise do
efetivo cumprimento da transparência dos recursos públicos.
Já foram fiscalizados os portais dos municípios do Recife, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe,
Caruaru e Palmares e 24 entidades do Terceiro Setor, considerando os critérios relativos ao montante de repasses de recursos públicos e a relevância da atividade de interesse público que
as entidades desenvolvem em âmbito local.
Mais Notícias
12/05/2025
MPPE promove evento voltado a discutir o papel do Ministério Público no fortalecimento do SUAS
12/05/2025 - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou, na última quarta-feira (7), o seminário "Ministério Público e a defesa do SUAS". Realizado de forma híbrida, o evento teve como foco a orientação aos membros e servidores do MPPE para buscar o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
O seminário foi promovido pelos Centros de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania (CAO Cidadania) e da Infância e Juventude (CAO Infância e Juventude), com apoio da Escola Superior do MPPE.
O Procurador-Geral de Justiça, José Paulo Xavier, destacou a importância da iniciativa para fomentar a cultura da garantia dos direitos fundamentais.
"O projeto MP SUAS busca, no âmbito interno e externo do MPPE, fomentar a cultura da garantia dos direitos fundamentais ao cidadão e à cidadã. Não apenas ao prévio conhecimento dos serviços prestados pela rede de proteção assistencial, como também despertando nos integrantes da instituição a necessidade para se atentar à grave situação das pessoas vulnerabilizadas socialmente, posto que têm instrumentos legais capazes de transformar as vidas desses cidadãos", afirmou.
Ele reforçou, ainda, a necessidade de atenção ao papel crucial dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) para atender a população socialmente vulnerabilizada.
Durante o evento, a Promotora de Justiça Aline Arroxelas, coordenadora do CAO Infância e Juventude, apresentou a cartilha "A Infância é SUAS", uma publicação elaborada pela equipe técnica do CAO.
"Nossa atuação na infância é bem diversa e possui muitos pontos de contato com essa rede de atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade. Portanto, com a cartilha queremos contribuir para que os membros do MPPE atuem em prol do fortalecimento do SUAS", explicou.
Já o Promotor de Justiça Fabiano Pessoa, que coordena o CAO Cidadania, enfatizou que o SUAS é fruto de um uma conquista social que ainda busca reconhecimento e consolidação.
"O SUAS surge do projeto constitucional de 1988, mas ainda está se consolidando como realidade. Conhecemos, de forma mais ampla, o Sistema Único de Saúde como política pública. O SUAS, por sua vez, ainda carece dessa implementação mais efetiva e dessa popularização", pontuou.
Ele ressaltou a importância fundamental do SUAS no contexto da seguridade social e do acesso a direitos, destacando o foco do MPPE em fortalecer sua atuação na garantia do direito dos cidadãos de forma transversal.
Por fim, a Procuradora de Justiça Mônica de Azevedo e a assistente social Denise Colin, ambas do MP do Paraná, fizeram uma apresentação sobre como essa unidade ministerial organiza sua atuação, inclusive com a existência de um Centro de Apoio Operacional especificamente para a temática.
"Apesar de a Lei Orgânica da Assistência Social ser de 1993, o Ministério Público ainda precisa se colocar como indutor e fiscalizador das políticas de Assistência Social", concluiu Mônica de Azevedo.
09/05/2025
MPPE obtém decisão judicial para que município afaste conselheiros tutelares envolvidos em fraudes no processo seletivo
09/05/2025 - A Vara da Fazenda Pública da Comarca do Cabo de Santo Agostinho acatou pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na ação civil pública número 0003103-64.2025.8.17.2370, ajuizada pela 1ª Promotoria de Defesa da Cidadania do Cabo (Infância e Juventude), e deferiu tutela de urgência para determinar que município proceda, no prazo de cinco dias, à exoneração de quatro conselheiros tutelares que teriam sido eleitos e empossados sem cumprir o requisito mínimo previsto no edital.
Conforme relatado na ACP ingressada pelo MPPE, de autoria das Promotoras de Justiça Manoela Poliana Eleuterio De Souza e Alice de Oliveira Morais, os candidatos Alysson Phillip de Andrade Silva, Lucilene Rodrigues de Pontes, Sandra Venancia dos Santos e Maria Alexandra da Silva obtiveram nota inferior à mínima exigida, tendo sido reprovados na etapa eliminatória na prova objetiva.
Deste modo, a Juíza de Direito Silvia Maria de Lima Oliveira determinou que o município realizasse a imediata nomeação dos candidatos aprovados e eleitos conforme lista definitiva homologada pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDCASA).
Ainda segundo a decisão, expedida nesta quarta-feira (7), a gestão municipal deverá apresentar, no prazo de 40 dias, um plano de ação com cronograma detalhado visando a tramitação prioritária do Anteprojeto de Lei nº 17/2024, visando à reforma do Regimento Interno do COMDCASA. A medida teria sido requisitada pelo Ministério Público após o município ter se negado a exonerar os referidos candidatos sob o argumento de ausência de previsão legal e insegurança jurídica.
“A inércia do Município do Cabo de Santo Agostinho, mesmo provocado por diversos ofícios Ministeriais, somente reforça a omissão institucional e intensifica o risco concreto de perecimento de direitos fundamentais da coletividade infantojuvenil”, reforçou a magistrada, no texto da decisão judicial.
08/05/2025
MPPE promove encontros regionalizados com rede de proteção da infância e juventude no Recife
08/05/2025 - As Promotorias de Justiça de Defesa da Infância e Juventude do Recife estão promovendo, dentro do projeto Compartilhando o Cuidado, uma série de reuniões com as entidades integrantes da rede de proteção da criança e do adolescente da capital pernambucana a fim de aprimorar a interação entre todos os envolvidos, com atenção especial para o atendimento em saúde mental.
No último dia 5 de maio, a reunião contou com a participação de profissionais da Saúde, da Assistência Social e da Educação, bem como com conselheiros tutelares da Região Político Administrativa 2 (RPA 2) do Recife. Ao longo do ano, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) almeja cobrir todo o território da capital pernambucana.
"Nós debatemos a situação do atendimento à saúde mental na RPA 2, com o intuito de identificar os entraves que a rede aponta. Ao final, deliberamos que o Conselho Tutelar vai encaminhar à Secretaria de Saúde do Recife os cerca de 200 casos de atendimentos a crianças e adolescentes que estão pendentes na regulação. Os conselheiros terão um prazo de 15 dias para encaminhar a relação desses casos e, por sua vez, a Secretaria de Saúde deverá dar um retorno em até 15 dias após o recebimento dessa lista", resumiu a Promotora de Justiça Heloísa Pollyanna de Freitas.
Ela e as Promotoras de Justiça Ana Maria Maranhão, Núbia Braga e Eleonora Rodrigues, que coordenaram o encontro, reforçaram que o atendimento em saúde mental é uma demanda recorrente em todas as instâncias de atendimento a crianças e adolescentes, seja no MPPE, nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) ou nos Conselhos Tutelares.
"Observamos que há uma queixa geral sobre a falta de atendimento rápido, de filas para consultas e terapias. E essa é uma questão fundamental para o funcionamento da família, para que uma criança cresça saudável e integrada à sociedade", complementou Heloísa Pollyanna de Freitas.
A coordenadora da Saúde da Criança do Distrito Sanitário 2, Juliana Pedroza, destacou que a Política Municipal de Saúde da Criança tem, entre seus eixos de atuação, a saúde mental. "Sabemos que a saúde é uma política transversal e a parte de saúde mental tem alguns gargalos que precisamos tratar, como uma estratégia de cuidado com as crianças e adolescentes", reforçou.
Como referência em Saúde Mental do Distrito Sanitário 2, Nataly Sousa lembrou que a saúde é um conceito amplo e que precisa ser entendida como o exercício de direitos de forma global.
"Esse diálogo da saúde mental com a assistência social, com o lazer, esporte, cultura e tantos outros equipamentos demanda uma estratégia para dirimir essas questões. Já estamos mapeando os pontos de vivência comunitária religiosa, esportiva, praças, equipamentos públicos e ONGs e equipamentos sociais para discutirmos a temática da saúde mental nesses espaços de encontro", detalhou.
Por fim, a assistente social Vanessa do Monte, que trabalha no CRAS Campina do Barreto, informou que a Assistência Social trabalha com as populações em situação de vulnerabilidade na perspectiva da prevenção.
"Toda a articulação no território vem sendo trabalhada nessa perspectiva. Estamos aqui no MPPE para sanar problemas como a insegurança alimentar, déficit de habitação, matrícula escolar e o ponto da saúde mental, que precisa ser bem acompanhada pelos serviços existentes de atenção integral à família", argumentou Vanessa do Monte.